sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

CUANDO CUBANGO: UNITA TRAÇA ESTRATÉGIAS PARA VICTORIA ELEITORAL.



Arrancou na Manhã desta Sexta-feira, na Cidade de Menongue, Capital da Província do Cuando Cubango, a IIª Reunião do Comité Provincial da UNITA, que decorre sob Lema: UNITA-por Angola e pelos Angolanos. O certame conta com a presença de Delegados Vindos de todos os Municípios desta Província,





DISCURSO DE ABERTURA DA IIª REUNIÃO ORDINARIA DO COMITÉ PROVINCIAL DA UNITA NO CUANDO CUBANGO.

Digníssimo Deputado Manuel Saviemba – Coordenador Provincial do Cuando Cubango e do Bié
Digna Sra Manuela Dos Prazeres Kazoto – Secretária Nacional para Comunicação e Marketing da LIMA
Digna Sra Sandra Kakunda – Secretária Nacional Adjunta para Cooperação da LIMA
Excelentíssimo Sr Joaquim Sapondo – Secretário Provincial para a Organização do nosso Partido
Digna Sra Cristina Nené Samuel – Coordenadora Provincial da LIMA
Sr Evariso Manuel Chipema – Secretário Provincial da JURA
Distintos Membros do Comité Provincial do nosso Partido aqui no Cuando Cubango
Excelentíssimos Convidados
Minhas Senhoras e meus senhores
Quero em primeiro lugar saudar a todos os presentes desde os que percorreram quilómetros e quilómetros de Angola a fora e dos que vieram da nossa província a dentro ultrapassando obstáculos de vária ordem para que pudessem chegar a esta linda cidade de Menongue, no intuito de juntos participarmos da IIª Reunião Ordinária do Comité Provincial do nosso partido, reunião esta que acontece por um imperativo estatutário plasmado no seu artigo 37º e que serve para este instituto deliberativo da nossa província balancear os programas emanados pelo nosso XIIº Congresso realizado em Dezembro de 2015 em Luanda e na mesma senda prespectivar outras estratégias que doravante nos vão guiar.
Permitam-me de forma particular saudar o Mais Velho Coordenador da nossa Província e Deputado a Assembleia Nacional Manuel Saviemba, as mamãs Manuela do Prazeres Kazoto e Sandra Kakunda que mesmo tendo percorrido mais de mil quilómetros desde Luanda, tendo chegado esta manhã aqui na nossa cidade não quiseram perder a oportunidade de partilhar connosco este momento; o meu muito obrigado.
 Entretanto tratando-se do nosso primeiro encontro nesta dimensão este ano e estando no mês de Janeiro nunca é demais desejar um feliz ano novo a todos em companhia de vossas amadas famílias, na esperança de que este ano de 2017 seja o ano da virada, o ano da alternância política em Angola.
Reunidos que estamos hoje nesta augusta assembleia em representação de todos os membros, amigos e simpatizantes da UNITA na província do Cuando Cubango, cabe-nos de forma firme, responsável, corajosa e inteligente debruçarmo-nos sobre a vida dos angolanos no Cuando Cubango de forma geral e em particular da vida de todos os nossos membros e encontrar caminhos viáveis e exequíveis visando o bem-estar de todos, respondendo positivamente aos desafios que nos são colocados.
Este desafio, começa logo a partida pelo facto de termos chegado ao ano de 2017 que como todos sabemos, será o ano da realização de eleições gerais no nosso país.
Estas eleições, são daquelas em que se quisermos utilizar a linguagem futebolística, têm um caracter da famosa última grande penalidade numa final de campeonato, em que para se fazer o golo e dar vitória a equipa, tudo depende de quem vai marcar; e é com este espírito que eu lanço o desafio aos quadros aqui presentes para que viremos todos os nossos esforços no trabalho de mobilização do povo do Cuando Cubango para que lado a lado com a UNITA digam não a fome, não a nudez, não a corrupção, não aos desvios do erário público, não a falta de água, não a falta de luz, não a saúde precária, não a educação sem qualidade, não ao nepotismo, não a discriminação, não a intolerância política, não a falta de emprego agravada a concursos públicos simulados como o que assistimos a bem pouco tempo aqui na nossa província e SIM a satisfação das necessidades básicas e não só dos cidadãos tendo como centro os angolanos tal como nos ensinara o nosso Guia e Mestre DR Jonas Malheiro Savimbi quando dizia:
                                                                  1º O ANGOLANO
                                                                  2º O ANGOLANO
                                                                  3º O ANGOLANO
                                                                  4º O ANGOLANO
                                                                  5º O ANGOLANO
                                                                  E O ANGOLANO SEMPRE!
Afinal de contas passados 41 anos de governação do MPLA marcada por todos os vícios possíveis e imagináveis chegou a hora dos Angolanos dizerem basta de todos estes vícios e abraçarmos juntos a nova era de que os angolanos clamam. Esta nova era passa sem sombra de dúvidas pela vitória da UNITA em Agosto próximo aquando da realização das eleições deste ano.
Porém é preciso dizer aqui em alto e bom-tom, que com o aproximar das mesmas, o MPLA vai continuar com a sua política de manipulação dos angolanos e diabolização dos partidos na oposição mormente a UNITA como tem sido o seu hábito; aliás, já começaram com os seus aliciamentos a pessoas de convicções fracas e apresentação de rendidos inventados, promessas de coisas que não cumprem tal como foi nas eleições de 2008, onde tinham prometido um milhão de casas aos angolanos e um milhão e trezentos mil empregos que até hoje nunca ninguém viu tais promessas a serem cumpridas; e em 2012 quando tinham garantido PRODUZIR MAIS E DISTRIBUIR MELHOR, passados 5 anos, os angolanos empobreceram mais ainda e o país entrou em crise numa situação inexplicável onde vimos a filha do Presidente do MPLA e da República a se tornar numa bilionária sem que justifique de onde tinha vindo tal riqueza uma vez que o próprio Presidente da República tinha afirmado que a pobreza em Angola é uma herança do colono e que seus pais já a tinham encontrado….. Se assim é então faltou o Presidente da República ao menos explicar aos angolanos de onde veio a riqueza de sua filha para que os angolanos também soubessem como foi feita toda engenharia que levou sua família e sua entourage a enriquecerem num país em crise.
Não acreditem neles companheiros, não acreditem mais nessas falsas promessas porque o MPLA já nada tem a dar para aos angolanos.
Chegou a nossa hora
Chegou a hora da UNITA
Chegou a hora da mudança
E juntos gritemos bem alto que: em 2017 SOMOS PARTE DA SOLUÇÃO
Declaro assim aberta a IIª Reunião Ordinária do Comité Provincial da UNITA no Cuando Cubango.
Muito obrigado!


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

“OS PARTIDOS POLÍTICOS CONCORRENTES FAÇAM VALER OS SEUS ARGUMENTOS PARA CONVENCER O ELEITORADO” diz Adriano Sapiñala.


 

O Secretario provincial da UNITA no Cuando Cubango, realizou na tarde desta quinta-feira 29 de Dezembro do ano em curso, a cerimónia de cumprimento de fim de ano, que teve lugar nas instalações do Secretariado Provincial do Galo Negro.
Durante a sua intervenção, o número 1 dos Maninhos nesta parcela do País, apelou aos partidos concorrentes, para que façam valer os seus argumentos, para convencer o eleitorado.

“Estando no fim o ano 2016, vimo-nos obrigados a estar diante de vós para de um lado balancearmos o ano que ora termina e do outro falarmos um pouco da nossa grandiosa província do Cuando Cubango em várias vertentes, desde a social, económica e política.
Entretanto antes de entrarmos em profundidade desta nossa comunicação hoje, quero de uma forma fraterna e cordial apresentar os meus cumprimentos a todos aqui presentes, esperando que o Natal tenha corrido bem e que as festividades do ano novo não fujam a regra, observando sempre o respeito pelos outros na base da boa convivência e exemplar exercício da cidadania.
Quanto ao ano de 2016 foi um ano que marcou os angolanos profundamente por causa de vários fenómenos que assolaram a sociedade angolana em geral e a sociedade do Cuando Cubango em particular com maior destaque a crise económica - financeira derivada da má gestão dos fundos públicos por parte do Partido que nos Governa actualmente.
Ainda este mesmo ano marca-me pessoal e satisfatoriamente pelo facto de ser o ano em que nos juntamos a vós na qualidade de Secretário Provincial da nossa grande UNITA aqui no Cuando Cubango, facto este que  leva-nos a reflectir de onde viemos, como estamos hoje e para onde vamos; assim sendo importa referir que neste capítulo tenho muito a agradecer a hospitalidade a que me proporcionaram e claramente também a colaboração, entrega, companheirismo, camaradagem e espírito de missão que tem caracterizado todos os quadros da Província e dos demais Municípios com as suas respectivas comunas, povoações e aldeias por onde passamos.
Outrossim, ainda neste mesmo ano, podemos verificar com muita tristeza a situação social que caracteriza a nossa Província que se pode descrever lastimável e até certo ponto catastrófica porque agudizaram-se os problemas sociais que passam pela débil situação sanitária na nossa Província onde os hospitais transformaram-se em meras instituições decorativas onde os pacientes que buscam os serviços daquelas instituições saiem de lá completamente desesperados porque não conseguem assistência medicamentosa ante o olhar impávido e impotente dos médicos e outros profissionais da saúde, situação esta que deixa o nosso sistema de saúde mais doente que os próprios doentes (passe a redundância).
O sistema da educação não foge a regra porque, segundo relatos das populações e de certa forma confirmados pelas autoridades governamentais nos seus variados pronunciamentos públicos, a todos níveis nos demonstram o quanto elevados são os números de crianças fora do sistema de ensino, facto este que nos preocupa sobremaneira porque em nosso entender só uma sociedade educada e instruída pode garantir o bem estar e o desenvolvimento da mesma. Entretanto para lá da falta de escolas em alguns casos, em outros onde elas existam a qualidade de ensino deixa muito a desejar porque hoje em dia verificamos que alunos que se dizem terminar o ensino médio nem escrever em condições conseguem e isso só por si é um indicador claro de que o ensino de base e secundário não tem sido exigente o suficiente para que se melhore a qualidade de ensino; dissemos isso porque entendemos que o problema só se ultrapassará quando tivemos qualidade garantida nestes níveis a que nos referimos.
Ainda na senda da educação, entendemos que é preciso garantir aos professores um salário digno do seu papel e sobretudo para o nosso caso observar com rigor a adjudicação dos subsídios de risco e de  isolamento por causa dos professores espalhados pelas aldeias a dentro, onde não há condições atractivas para o desempenho do papel de professor que passam por residências condignas para os professores, fácil mobilidade e alcance da áreas de difícil acesso, isso só para citar alguns exemplos, porque o que se verifica na pratica, com a ausência destas mínimas condições os professores não encontram motivação suficiente para o exercício da sua profissão e ficam pouco tempo nestas áreas de difícil acesso, acabando dando aulas dois a três dias por semana prejudicando desta forma as crianças na sua formação qualitativa.
No que tange ao fornecimento e distribuição de energia eléctrica e água, a nossa província também encontra-se num estado preocupante a medida em que esses bens de primeira necessidade não estão garantidos nem na plenitude para os que têm tal privilégio de se beneficiarem do mesmo, como também nem todos cidadãos estão abrangidos. Por exemplo a nível de Menongue, temos bairros como o Paz, 4 de Abril, São Paulo, São José entre outros, que não têm água potável nem energia eléctrica garantidas aos cidadãos, o que denota algum índice de discriminação, que é proibida inclusive por lei, a medida em que, perante a lei somos todos iguais e a constituição da República de Angola nos dá garantias de tratamento igual sem qualquer tipo de discriminação. Citei aqui como exemplo a cidade de Menongue, mas este problema é extensivo a todos outros Municípios da nossa Província, já que, o âmbito da sua debilidade é estrutural e os grupos geradores existentes não garantem resposta eficiente a procura, facto este que obriga aos cidadãos a recorrerem aos geradores individuais que muitas vezes  acabam provocando acidentes graves aos mesmos que verdade seja dita nem todos estão tecnicamente preparados para manusearem os respectivos geradores no caso da energia eléctrica, mas também ouvimos relatos recorrentes de perdas de vidas provocadas por afogamentos em cacimbas, uma outra forma alternativa encontrada pelos cidadãos na busca de terem água por perto das residências.
No quadro da segurança dos cidadãos e prevenção da criminalidade, importa referenciarmos aqui o brilhante trabalho que tem sido desencadeado pela Polícia Nacional no seu dia-a-dia a nível da nossa Província, facto este que ficou uma vez mais espelhado durante a quadra festiva e avaliado por todos os cidadãos atentos no balanço operativo apresentado aos órgãos de Comunicação Social  pelo Porta Voz do Comando Provincial da Polícia Nacional aqui na nossa Província.
No quadro económico, a situação da nossa província é caracterizada como preocupante à medida que, os efeitos da tão propalada crise económica - financeira fazem-se sentir de forma profunda nas populações, causando desta forma a escassez dos bens da cesta básica, elevando a taxa de desemprego muito mais reinante na juventude, podendo também assistir aos atrasos salariais constantes para os poucos habitantes que auferem algum salário, tendo como base os dados do Censo 2014, que apontam para 534.002 habitantes que a nossa província tem e a população empregada deste universo de cidadãos.
Ainda no quadro da economia temos estado a assistir  nos últimos tempos mais concretamente desde Junho do ano em curso um movimento que consideramos violento no abate das árvores, e que se diga sem a respectiva reposição, para fins exploratórios de madeira aqui na nossa província.
Este movimento preocupa-nos porque primeiro, pela dimensão, com certeza que é atentatória contra o meio ambiente e aqui queremos apelar para os prejuízos que este abate de árvores pode criar a médio prazo ao meio ambiente, proporcionando desta feita condições nocivas a saúde pública. Porém não obstante esta actividade ter ganho proporções alarmantes, não se faz sentir em nada o retorno para benefício dos cidadãos do Cuando Cubango o que é deveras preocupante. Reconhecemos desde já as potencialidades de recursos que a província do Cuando Cubango tem, desde o domínio florestal, hídrico, mineral, da fauna e o recurso mais importante que é o humano; mas isso não nos pode distrair nem nos acomodar como se tais recursos fossem vitalícios. Para todos eles precisamos ter o cuidado na preservação dos mesmos e no bem-estar das futuras gerações.
Continuando no quadro económico, verificamos até aqui embora de forma tímida o abate dos elefantes e rinocerontes na nossa província para fins comerciais e, esta actividade é também prejudicial a nossa fauna a ponto de ter já um enquadramento legal-criminal então, apelamos aos órgãos competentes para que se tomem medidas atinentes a evitar estas práticas.
No domínio político, o ano de 2016 caracterizou-se na nossa província como muito preocupante por não se observar rigorosamente o respeito pelas diferenças, o espírito da reconciliação nacional, a preservação da paz e o exercício livre da cidadania.
Houve muitos actos de intolerância política praticados por partidários bem identificados cuja impunidade tem sido o seu único destino o que mina claramente o ambiente político que se avizinha mais exigente e dinâmico dadas eleições que teremos no próximo ano. Daí que precisamos de todas as forças vivas do país representadas na nossa província a capacidade dialogante e de tolerância bem patentes no seu dia-a-dia para nos proporcionar um ambiente sadio e democrático apropriados a luz da Constituição da República de Angola.
   Também podemos observar neste ano de 2016 o arranque do processo de actualização do registo eleitoral numa primeira fase e por conseguinte o registo de novos eleitores que tenham adquirido capacidade eleitoral através da maioridade, facto este que nos deixou satisfeitos já que reflecte o cumprimento de um preceito constitucional que é a garantia cíclica e regular  da realização de eleições gerais no nosso país. Entretanto neste mesmo processo podemos verificar várias irregularidades que fomos pontualmente denunciando aos órgãos competentes para que tenhamos uma garantia de lisura do mesmo até porque pelas referencias anteriores seria bom não repetirem-se os mesmos erros.
Os angolanos, para 2017 estão esperançosos em ter um resultado eleitoral que reflicta a vontade do soberano povo e que afaste todas as tendências fraudulentas como as do passado.
Para isso é preciso que haja responsabilidade, honestidade e sentido de estado dos órgãos que estão a conduzir este processo para que no final saia Angola a ganhar.
O tempo das artimanhas para a manutenção do poder a todo custo acabou.
Os angolanos querem mudança e os partidos políticos concorrentes façam valer os seus argumentos para convencer o eleitorado, e a UNITA está engajada aqui no Cuando Cubango em particular e no País a dentro em geral para que efective a vontade dos angolanos de proporcionar a tão almejada mudança; uma mudança responsável, inclusiva, sem ressentimentos, cujo foco principal são os angolanos.

Para terminar, quero a partir deste palanque apelar a todos cidadãos angolanos que ainda não fizeram o seu registo eleitoral, a fazerem-no porque, para 2017 todos somos parte da solução”.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

“Procurador quer intimidar Jornalistas” diz Júlio Kambongue


O activista dos direitos humanos e jornalista angolano Rafael Marques foi notificado para responder a um processo-crime cuja acusação desconhece um interrogatório nesta terça-feira, 27 de Dezembro, no Departamento de Crimes Selectivos dos Serviços de Investigação Criminal de Angola.
"A luta continua, a verdade será conhecida e a justiça, mais tarde ou mais cedo, triunfará", é com estas palavras que o jornalista e activista dos direitos humanos e jornalista Rafael Marques diz enfrentar a justiça angolana, em mais um processo-crime
O activista diz não confiar na justiça do país e cita  como exemplo vários processos que o próprio deu entrada nas instituições de justiça, mas que até ao momento não tiveram qualquer desfecho.
“Nós não temos justiça em Angola e isso tem que ser dito de forma clara” sublinhou Marques, acrescentando que "em 2013, o Coque que está aqui a falar comigo, fomos detidos juntos, fomos espancados, eu e o Alexandre Solombe apresentamos queixa e nem o SIC, nem a Procuradoria-Geral da República se dignaram investigar o assalto de que fomos vítimas pela Polícia de Intervenção Rápida”.
Para o Jornalista Júlio Kambongue, o Procurador-geral da República, pretende com este processo, intimidar o Jornalismo investigatório. “ Este é mais um daqueles processos, que a procuradoria trás para intimidar a classe, de prosseguir  com a nosso actividade. Em Angola ninguém está acima da lei, e nós temos a missão de publicar aquilo que é de interesse público, e não pode o Procurador intimidar os Jornalistas”. Disse
Júlio Kambongue, disse ainda que a procuradoria devia se preocupar com os processos que tem recebido dos Partidos Políticos, e de activistas, mais que até hoje não foram resolvidos. “Há vários processos que os Partidos e os activistas cívicos, remeteram a PGR, mais que até hoje ninguém diz nada. Fico com a impressão de que a PGR só trabalha quando o processo tem haver com o sistema. Temos o caso do Deputado Mfulupinga NLando Victor, assassinado no dia 2 de julho de 2004, numa sexta-feira, em Luanda, horas depois de ter participado de uma reunião do Conselho da República, órgão de que era membro, por um grupo de elementos até aqui desconhecidos. São esses processos que a PGR devia se preocupar. Nós estamos solidários com o Jornalista Rafael Marques”.
Marques foi recentemente condenado por um processo aberto por generais ligados à Presidência da República na sequência de denúncias de mortes na indústria diamantífera mas aguarda pelo recurso que interpôs junto do Tribunal Supremo.

Rafael Marques é proprietário de um site de denúncias de corrupção e violações de direitos humanos em Angola e tem enfrentado vários processos movidos por personalidades do poder.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

CUANZA SUL: UNITA REALIZA IIª REUNIÃO ORDINÁRIA DO COMITÉ PROVINCIAL


O Secretariado Provincial da UNITA no Cuanza sul, realizou nos dias 17 e 18 de Dezembro de 2016, a sua IIª reunião do comité provincial.
Segundo o comunicado que a nossa redação teve acesso, a reunião analisou a situação política, econômica e social, da província e a vida interna do Partido, tendo deliberado o seguinte:
1. Saudar a II reunião ordinária da Comissão Política da UNITA e adotar as resoluções saídas deste magnífico evento como instrumento político orientador da ação política;
2. Saudar o crescimento de membros do Partido, sinal mais que claro de que os Angolanos divorciaram-se com o atual regime em Angola.
3. Repudiar e condenar os assassinatos dos irmãos da seita a Luz do Mundo de Julino Kalupeteka, ocorridos dia 8 e 9 de Agosto de 2016 em Cassongue, 14 anos depois da assinatura dos acordos de Paz em Angola.
4. Condenar energicamente a atitude do Senhor Administrador Municipal do Mussende em coagir os militantes da UNITA a aderirem ao MPLA que vem demonstrando cansaço fruto do desgaste temporal.
5. O Comité provincial do Partido condena a atitude da Polícia Nacional da Comuna de Pambangala/Cassongue de estar em permanente conflito de interesses, que a confunde de ativista do MPLA e da Casa militar da de servidor público.
6. Denunciar a exclusão e perseguição dos quadros de saúde militantes da UNITA em toda a província em particular no Hospital Municipal da Kibala contra o cidadão Domingos Orlando Kaliata.
7. Condenar de igual modo a persistente prática de recolha compulsiva de cartões de eleitores em todos Municípios da Província pelo MPLA. Da mesma sorte condenar o processo disciplinar instaurado pelos Comissários do MPLA aos seus colegas indicados por outros Partidos com assento no Parlamento que fizeram a petição à Assembleia Nacional. Os angolanos esperam que a Assembleia Nacional responda a essa petição e se ponha fim a este triste cenário de um órgão que se quer Independente.
8. Sobre o registo eleitoral oficioso, apesar da usurpação das competências da CNE, a prestação do MAT foi deficitária na cobertura em toda província, mormente nas comunas e municípios, a exemplo das Zebras para emissão de novos cartões e segundas vias, disponibilizadas apenas uma em cada município, sem horizonte temporal para as comunas.
9. O Comité provincial apela os cidadãos para manter a vigilância, não se deixarem intimidar, e facultar os seus cartões de eleitor apenas aos agentes das brigadas de registo, devidamente credenciados para efeito de prova de vida.
10. Apelar aos cidadãos angolanos, maiores de 18 anos de idade, incluindo os que completam 18 anos em 2017 para procederem massivamente ao seu registo eleitoral de modo a poderem utilizar a força do seu voto para se mudar a situação vigente em Angola.
11. Apelar aos angolanos a depositar a sua confiança na UNITA que reafirma, o compromisso e o empenho para a mudança da situação política, económica e social de Angola, única forma de realizar o sonho dos angolanos por um país livre, próspero, inclusivo e soberano.
Por Angola e pelos Angolanos
SUMBE, 18 DE DEZEMBRO DE 2016
A REUNIÃO DO COMITÉ PROVINCIAL


HUÍLA: UNITA ACUSA O MPLA DE TER INICIADO ”CAMPANHA DE ALICIAMENTO” DOS SEUS MILITANTES


Lubango-A UNITA acusa o MPLA de ter iniciado na província angolana da Huila uma “vergonhosa campanha de aliciamento” dos seus militantes face às eleições 2017.
Alcibíades Kopumi, secretário provincial daquele partido na oposição, disse que para materializar “esta campanha desesperada”, o MPLA enviou a Huíla o ex-governador do Cuando Cubango e antigo militar da UNITA, general João Baptista Tchindandi, actualmente ao serviço da Casa Militar do Presidente da República.
“De um tempo a esta parte equipas da casa de segurança do Presidente da República vulgarmente conhecidas pela sua anterior designação de casa militar, coordenadas pelo famigerado general João Baptista Tchindandi e o seu operacional Lis Imango Cassela com o beneplácito das autoridades administrativas e policiais locais têm levado a cabo sem sucesso esta actividade criminosa nos municípios da Matala da Jamba mineira do Chipindo, Caconda, Caluquembe e Chicomba”, denuncia Kopumi.
A “acção fracassada” de aliciamento dos seus militantes protagonizada por este grupo em Caconda, já terá resultado, segundo a UNITA, na detenção de sete elementos incluindo o seu secretário municipal.
“Neste momento em que vos falo sete dos nossos companheiros, incluindo o nosso secretário municipal, que nem esteve no local onde decorreu o incidente, encontram-se injustamente em prisão preventiva na comarca da Huíla”, concluiu
O MPLA na Huíla recusa as acusações da UNITA e, na voz do deputado, Alfredo Berner, diz que esta é uma velha táctica da oposição.
“Eu não sei com quê o MPLA vai aliciar. Se temos dificuldade para sustentarmos a nossa campanha onde é que vamos tirar algo para corromper ou aliciar as pessoas, prometendo nomeações! A oposição não podia fazer outra coisa nós já estamos habituados a isto””, responde Berner.
Aumenta temperatura entre UNITA e MPLA na Huíla já em ambiente de pré-campanha eleitoral.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

CUANDO CUBANGO: JÚLIO KAMBONGUE REFUTA DECLARAÇÕES ADMINISTRADOR COMUNAL DA JAMBA



Menongue: Em reacção as declarações de Ancienito Marcolino Salende, Administrador Comunal da Jamba feitas no portal Club k no dia 12 de Dezembro, o Secretario Provincial Adjunto para Comunicação e Marketing da UNITA, Júlio Francisco Kambongue, refutou as declarações de Salende.
Para Kambongue, as tais declarações são infundadas, pois a Jamba é e sempre será bastião da UNITA! “ As declarações do Sr. Ancienito Salende são apenas para defender o seu pão e ludibriar a verdade. Tal como eu dizia e reforço, O Administrador e 1º Secretario do MPLA, Júlio Vidigal, chegou na Madrugada do dia 03 de Dezembro do ano em curso, na Comuna da Jamba, com um efectivo de 30 Homens da CASA MILITAR DO Presidente da República ENGº JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, e invadiram as residências de Militantes da UNITA, tentaram suborna-los e todos que apresentaram resistência, foram torturados" disse.
“O Mpla no Cuando Cubango, usa a Casa Militar de Eduardo Dos Santos, para intimidar e subornar os Militantes da UNITA. O Sr. Júlio Vidigal é um dos coordenadores do grupo especial da Casa Militar, cujo seu objectivo, é de sabotar as actividades da UNITA. So para lembrar, o ataque que a caravana do Secretario Provincial da UNITA sofreu no Rivungo, foi orientado pelo Sr. Vidigal, que despiu-se das vestes de Administrar e colocou-se na posição de 1º secretario do mpla, para tentar impedir a UNITA de realizar o seu acto de massas naquela municipalidade. Há gente a sofrer no Kassela, e é uma área em que não tem estradas nem mesmo uma ponte. Onde alojaram a população, é do outro lado do Rio Cuebe, e não tem pontes, e para travessia o Povo usa canoas. Foram desalojados contra a sua vontade, e muitos deixaram lavras em Mavinga, e o Governo usou a força para retira-los de Mavinga.
É obrigação do Governo cuidar do povo, mais aqui o Governo maltrata o povo, tanto que Vidigal no Rivungo é muito mau falado pela péssima forma em que Governa o Município. Disse Júlio Kambongue.

Sobre a publicação “Jornal do Centro e Sul” o responsável do Cuando Cubango, garantiu não estar ilegal, pois em Angola não há nenhuma lei que regule o funcionamento de sites e blog´s, e aconselhou os a lerem um pouco mais sobre a lei de imprensa.

sábado, 10 de dezembro de 2016

CUANDO CUBANGO: "O PAÍS FOI LITERALMENTE SAQUEADO"




MENONGUE: O Secretario da UNITA na Província do Cuando Cubango Adriano Abel Sapinala, presidiu uma Palestra na tarde deste Sábado, 10 de Dezembro de 2016, com os seus quadros e membros do seu Executivo Provincial.
Durante a sua locução, Sapinala teceu duras criticas ao Executivo de José Eduardo Dos Santos, pela situação em que os Angolanos se encontram. “ O País foi literalmente saqueado, se quiséssemos ser realista na expressão técnica, poderíamos dizer que o País esta falido. E por causa desta situação, infelizmente as consequência vêem para nós. Nesta Altura, o BPC, sofreu uma alteração na sua direcção, e a mesma quando teve contacto direto com a realidade do banco, comunicou ao Governador do BNA, de que o BPA estava tecnicamente falido. É preciso saber que o BPC, simplesmente é o Banco maioritário de parceria com o estado angolano, porque é ali onde aferem todos os funcionários públicos. Isto que nós estamos aqui a dizer, não é nada por acaso! Isso tem culpados, tem os autores, que é exatamente o Executivo do Mpla. Por isso precisamos mudar o quadro do País em 2017, com a UNITA no Poder”. Disse.
Adriano Sapinala, disse ainda que seu Partido está a preparar os delegados de lista, para as próximas eleições de 2017, de modo a evitar a fraude do Mpla. Adiantou ainda que vai realizar a reunião do Comité Provincial do Galo Negro, nos próximos dias 16 e 17  de Dezembro do ano em curso, no Município sede da Província do Cuando Cubango.
A palestra contou com pouco menos de 300 Militantes do Galo Negro, naquela parcela do País.


Por:
Vieira Francisco